No dia 22 de Outubro, Dia Mundial da Consciencialização para a Gaguez, a Terapeuta da Fala e Coordenadora do Centro de Tratamento de Gaguez (CTG) na Região Norte, Ana Andrade, foi entrevistada pela jornalista Ana Lucas, da Rádio Comercial e da M80.
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Ana Andrade explica que, cerca de 5% das crianças, maioritariamente entre os 2 e os 4 anos de idade, manifesta disfluências atípicas no seu discurso que são características da gaguez: bloqueios, prolongamentos e repetições de sons, sílabas e/ou monossílabos. Em 75% dos casos, poderá existir uma recuperação da gaguez, ou seja, esta desaparecerá por completo.
As restantes crianças tornar-se-ão jovens e adultos que gaguejam e que terão de aprender a conviver com esta condição comunicativa. Hoje, não é possível distinguir quais as crianças que irão recuperar das que irão ter uma gaguez persistente, sendo, portanto, altamente aconselhável o recurso à terapia da fala especializada quando detectados os referidos comportamentos (disfluências atípicas) ou existirem outras preocupações com a fluência do discurso da criança. A terapia da fala será providencial em atingir os seguintes objectivos:
1) Remissão da gaguez o mais rapidamente possível (nos casos em que é possível), sem que esta perturbação tenha impacto negativa na criança e nos pais;
2) Tornar a gaguez o mais ligeira possível (nos casos em que não desaparece) e a criança/ adulto sinta sempre prazer e eficácia a comunicar;
3) Ajudar a família e outros parceiros comunicativos (como professores, educadores, amigos e colegas) a perceber e a apoiar a pessoa que gagueja.
Tal como vários elementos da equipa do CTG, a Terapeuta Ana Andrade desempenha um importante papel de "sensibilização", "informação" e "investigação científica" no Departamento de Fluência da Sociedade Portuguesa de Terapia da Fala.
Equipa CTG
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